Esta notícia era há muito esperada pela minha pessoa.
Estamos a chegar a um ponto no panorama musical onde os artistas internacionalmente reconhecidos, com os quais as editoras discográficas têm contratos milionários, têm de repensar a sua forma de criar e difundir o seu trabalho (em muitos casos tremo só de pensar em chamar aquilo que fazem de música, respeitando no entanto o esforço que despendem para o produzir), por essencialmente duas razões:
1) Os meios de produzir, gravar, editar e difundir uma peça musical de qualquer espécie ou género estão de tal forma disponíveis a preços nulos, que um contrato com uma editora estabelecida perde progressivamente sentido;
2) A qualidade e a procura de semelhantes produções tendem a aumentar ao longo do tempo, seguindo a Lei do Mais Forte (neste caso, do de Melhor Qualidade ou Que Melhor Soe Ao Ouvinte), de forma que se um qualquer artista quer realmente ganhar algum dinheiro, é ainda capaz de o fazer através dos concertos que efectua (que é aliás a forma original de sustento dos artistas), não tendo necessariamente de "castrar" a sua criatividade ou o seu senso artístico em detrimento de uma "ferramenta de divulgação em massa", que faz espalhar a mensagem ou o trabalho do artista pelo mundo fora.
Num futuro (assustadoramente) próximo, artistas como Robbie Williams vão começar a actuar em bares da mesma forma que os RadioHead, se se quiserem sustentar por si, em vez dos estádios faraónicos, cheios de pirotecnia e PA's "generosos".
Aí acredito que o preço percebido das drogas que consome se torne exponencialmente maior, mas talvez assim lhe tomem melhor o gosto e façam melhor música.
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