sábado, dezembro 24, 2011

Sobre a Crise. Porque toca a todos e eu até gosto de me queixar.

Anda toda a gente deprimida por causa da crise.

Que os preços sobem, que é uma roubalheira, que os políticos são uma cambada de corruptos e ladrões institucionalizados, já com provas dadas, conhecidas, comprovadas, deduzidas, inventadas e outras que tais.

Mas o que mais me espanta, indigna e desilude é que toda a gente se queixa, mas ninguém faz nada. O sistema não muda, ninguém quer perder o seu aconchego, o seu cantinho NÃO PODE ser incomodado e da sua parte e aquele que tiver a audácia de se queixar e promover a mudança é "aconselhado" a ter calma, que "não é bem assim" que as coisas se processam.

Porque quem se queixa é que vai trazer a desgraça. Porque quem aponta o dedo e indica o que está errado e se deve mudar é que é o agitador. Que é o que não tem uma perspectiva positiva do que se passa e está sempre a deitar tudo abaixo.

Sabem que mais? É verdade.

Porque se está mal, é para deitar abaixo. Porque se está torto, tem de se ver onde está torto, para se endireitar. Porque quem olha sempre para o que está bem feito, para o que está direito, para o que se faz bem, NUNCA vai corrigir o que quer que seja, NUNCA vai pôr bem o que está mal, e se alguma vez o fizer, não vai mudar NADA!

Qual é o primeiro passo para melhorar alguma coisa? Identificar o que está mal. Então se é assim, porque não se ouve mais quem diz o que está mal? Quem se queixa? Quem aponta o dedo?
Será porque é mais fácil dizer que essas pessoas são negativas e rezingonas, em vez de se lhes perguntar o que é que acha que se faça para mudar? Credo! Olhem se essa pessoa responde? Vai ter que se fazer alguma coisa! E depois!? Mudar? Não é altura de mudar!


Eu mudo. Eu ajo. Eu queixo-me. Todos os dias. Só me pedem calma. E com isso, cada vez mais depressa a calma se esvai.


Comentários estão sujeitos às Regras do Primeiro Post. Não gostam? Azar.

terça-feira, agosto 10, 2010

Está calor.

Pode parecer óbvio, mas não é.

Está realmente calor em Portugal. E não é aquele escaldo pequeno e tipicamente português que leva pais e mães de família a ir a correr para a praia mais barata(próxima) com os seus filhos, bebés de colo ou mesmo crianças já mais entradotas, nas horas de maior calor (diga-se entre as 12:00 e as 16:00), para depois dizerem "Isto do sol não me afecta nada! A minha pele está vermelha, estou que nem um camarão cozido, mas não sinto nada...!", onde se nota claramente que há já lotes de pele com "Aluga-se. Deve ser Melanoma (cancro de pele) para se candidatar." descritos pelos seus largos costados.

Eu gosto de calor. A sério. Gosto mesmo do calor. Mesmo quando toda a gente que no Inverno se queixa que "Nunca mais chega o Verão para vir o calor", para seguidamente se queixarem "Ai, tanto calor! Uma pessoa nem aguenta!", eu digo sempre "Está um calor óptimo. Não se queixem que assim está bom." Porque sim, eu gosto do calor abafado e abrasador que assola este país neste momento. Adoro o vento quente que até tira a respiração aos mais comuns mortais. Vibro quando sinto a roupa colar-se-me ao corpo quando me encosto a qualquer coisa.

Só não gosto de apanhar Sol directamente. Isso não. Porque faz mal, porque gosto mais de mim que de sentir-me um frango no churrasco (a ideia de ter o que quer que seja a atravessar-me do esfíncter à boca não me soa bem. Tampouco me apela...), porque posso perfeitamente sentir os seus efeitos e não ter necessariamente de ceder às pressões da sociedade que dizem "no Verão, tens de fazer como os lagartos e penar horas ao sol até pareceres um courato gigante. Ignora o facto de essa cor representar uma camada de pele morta.

Mas tenho gosto pela praia, desde que na sombra possa desfrutar de uma bebida fresca em paz e sossego, sem crianças a correr de um lado para o outro a pedir tudo aquilo para onde apontam o dedo, a encher a cabeça dos pais (que bem merecem, por terem perdido a arte de dar a pantufada científica que acalma as crianças, preferindo mimá-las com o que quer que seja) com chantagem psicológica até saírem vitoriosos.

Mas sim, está calor.


Como é natural, qualquer reacção mais acalorada que me desagrade ou sirva para destabilizar a bandalheira que criei, será observada através da óptica descrita nas Regras do Primeiro Post.
Um valente "bem-hajam!" (dos mais bravos que encontrei por aqui)

sábado, agosto 22, 2009

Isto assim não pode continuar. Tenho de informar as pessoas!

Boas.

Eu sei que já não venho cá há uma data de tempo, porque não tenho tido histórias de jeito para contar e, francamente, tenho mais que fazer que perder a minha vida em frente a um ecrã de computador. Ao menos que me paguem para isso.

E desta vez vou dar uma dica em termos de política, que há muita ignorância por aí:

Epá, vou começar a fomentar o voto em branco, porque isto assim não pode ser.

O voto em branco conta legalmente. O voto nulo não conta legalmente. Ou seja, é o mesmo que não votar. Não estraguem os boletins de voto, pá!

Olhem para um voto como se fosse um menu de restaurante: Se não gostam do que lá está, devolvam a quem vos entregou, mas não o estraguem! Não precisam de escrever no menu que o bitoque ou os panadinhos são "grandessíssimos ladrões, gatunos, aldrabões, mentirosos" e outros carinhos que tais!!

Se votarem em branco e essa percentagem for acima dos 50 / 60%, as eleições têm de ser feitas de novo, mas com candidatos diferentes!

Lembrem-se disto quando forem votar: riscar o boletim de voto é dar força a quem não quer que vocês contem, mas quer que os amigos contem.

O voto em branco é dizer: "Não há aqui ninguém em quem confie. Venham outros."

Isto tudo porque vi um filme no Youtube sobre as danças das cadeiras na Câmara de Lisboa. Mas nas outras é a mesma coisa, não julguem!



Como é natural, qualquer comentário está sujeito às Regras do Primeiro Post.

sábado, junho 27, 2009

O resultado de não ter nada que fazer.

Ora então muito bem.

As minhas diatribes do costume não têm aparecido devido aos longos períodos de inactividade por que passo durante os meses passados. Vai daí, desta vez há uma obrigação pessoal em me esmer(d)ar na escrita.

Pois que muita coisa aconteceu nestes últimos tempos, nomeadamente dois falecimentos bastante marcantes. E, como tal, vou começar por afirmar o seguinte:

A Farrah Fawcett morreu.

É um momento triste, estou combalido, na grande maioria das vezes sem palavras.

Uma mulher lindíssima, afectada pelo cancro do cólon desde 2006, decide gravar todo o seu caminho de resistência à doença, de maneira a que gerações vindouras possam perceber o que é sofrer de semelhante maleita, mais pelos seus efeitos nefastos na relação com outros do que da doença em si.

É uma altura de luto, introspecção, avaliação própria, já para não falar na lembrança da presença da senhora, no seu auge, na série "Charlie's Angels", versão original. Era, efectivamente, uma moça saudável, querida, "boa que se farta" e extremamente apelativa aos olhos e ouvidos (tinha uma voz rouca que lhe aumentava a atractividade e sensualidade).


E o Michael Jackson morreu de ataque cardíaco depois duma injecção de morfina, para as dores.



Comentários, dicas, receitas e processos de investigação científica devem ser feitos tendo em conta o que consta das Regras do Primeiro Post.

quarta-feira, maio 27, 2009

Eu sei que é tarde e que já se deve ter dito tudo, mas..

Eu tenho de dizer isto: o filme "O dia depois de amanhã" é uma desgraça!

Passo a explicar:

Ora pois que estas criaturas se refugiaram numa Biblioteca para fugir de um evento climático cataclísmico que inundou cidades e congelou águas num ápice. Muito bem.

Ora pois que é preciso queimar uma série de coisas para nos mantermos quentes nestas situações. Nada a dizer.

Ora pois que numa Biblioteca, que por acaso é antiga que se farta, em Nova Iorque , cheia de mesas nada pequenas, estantes que se estendem por corredores gigantescos, centenas a roçar os milhares de cadeiras, tudo isto em madeira maciça, o que é que se queima primeiro? Os livros.

Claro! Faz todo o sentido!
O papel, que faz uma chama bonita e grande, mas que não aquece nada, a não ser que se agarre no dito com as mãos, deve arder primeiro. As mesas para que é que servem ? As cadeiras? As estantes, real material vegetal propício a fazer uma chama quente e aconchegante serve para....sapatos de neve. Claramente, para se ir ao navio que por acaso atravessou a cidade e parou mesmo ao lado da Biblioteca, cheio de combustível (diesel, que até foi feito para arder e tudo...) para se ir buscar medicamentos.

E quando chega a ajuda, nota-se num pormenor interessante: se na Biblioteca estão sobreviventes a queimar coisas numa lareira, onde está a chaminé? Não há chaminé! Para onde vai o fumo? Não vai! É um filme e o fumo não existe! Parvo!

A sorte é que eu estou pedrado por razões médicas ( a Primavera é fixe...), o que me permite ver as mais variadas porcarias e ter como única reacção escrever num blog que quase ninguém lê que este filme não vale a película em que foi impresso, ou o DVD que foi copiado. E queixam-se as grandes empresas que isto está mal...


Mesmo na minha actual situação, os comentários não se esquivam às Regras do Primeiro Post.

sábado, fevereiro 07, 2009

Fui atacado pela exaustão mental.

Pois é.

Devido ao facto de o meu trabalho ser extremamente espaçado e ainda por cima limitado a meia dúzia de funções, vejo-me obrigado a dispender de uma enorme quantidade de energia mental a arranjar maneiras de me entreter até ter algo que fazer.

"Pertantes", vou ter de informar os meus leitores que , se não vêem mais posts por aqui, é porque não tenho imaginação nenhuma para vos entreter / esclarecer sobre certas verdades da vida.

É uma altura ideal para fazerem algo por vocês, como, sei lá, aprender origami.

Mas eu não fecho isto, que é engraçado demais.


Apesar do post ser ensonço, fica de qualquer das maneiras intrínsecamente ligado às Regras do Primeiro Post.

terça-feira, janeiro 27, 2009

Está tudo bem, não se passa nada....

Eu até podia falar qualquer coisa, mas já houve quem o tenha feito:

AQUI

AQUI

AQUI

E

AQUI

Gostei desta última....

Sim, comentários ficam um pouco mais restritos que o normal, mas ainda e sempre às Regras do Primeiro Post. Disse que ia haver notícias, não que as ia escrever eu, né...?

Mais uma volta, mas nada de cabos!

Ora pois que isto me sucedeu numa noite de Sábado, quando não tinha vontade de andar às voltas nem de aturar bêbados e/ou drogaditos em certas zonas de Lisboa, decidi ir ter com uns amigos meus que gostam de jogar jogos online mais perto uns dos outros, de forma a melhor se insultarem violentamente. Sim, é um novo desporto.

Pois que nessa mesma noite surge mais um amigo meu, desesperado que o seu veículo automotor estava em coma, devido a uma falha na bateria: não tinha carga. Então, porque sou um gajo porreiro e extremamente fixe, apesar de não muito simpático, mas isso é porque as pessoas não merecem, ofereci-me para o ajudar. Então toca de correr as bombas de gasolina das redondezas a ver se têm cabos:

1ª bomba:

-Tem cabos de ligação de bateria?
-Tenho....(2 minutos depois)...não.
-...Fixe.

2ª bomba:

-Boa noite. Tem...?
-Estamos a fechar, não pode entrar!!
-...Fixe. Mas tem...?
-Não, não temos nada!
-...Obrigado.

Pois que esgotadas as bombas, a ver se os fogareiros se prestam a ajudar a malta, pelo valor da tarifa.
Pois que não. Nem sabem o que é essa coisa de "cabos". Só conheceram os "da tropa, numa altura em que os homens eram homens..." e mais coisas que não ouvi porque estávamos realmente à procura de cabos de ligação à bateria de carro e não de homens que eram homens, porque para isso bastávamos nós.

Pois que lá se teve de recorrer a conhecidos, uma hora depois. Ficou resolvido. Foi fixe.

Agora venham de lá dizer que foi uma história fatela e que aquela em que ficaram tão bêbados que não se lembram como é que acordaram ao lado de uma foca com uma rosa na boca e a fazer-vos olhares provocantes....bom, não interessa.

Mesmo jistes desse calibre estão sujeitos às Regras do Primeiro Post. Fiquem|