Finalmente!!

Há já uma quantidade enorme de tempo que não faço um post aqui, realmente, não.

Mas toda uma panóplia de coisas aconteceram na minha vida, um manancial de eventos, uma torrente de situações que se resumem a:

Não tive paciência.

Mas hoje, neste momento, acho que é importante partilhar uma coisa convosco.
Acabei finalmente de ver dez anos de uma série de ficção científica que sempre quis ver na íntegra, mas que infelizmente a televisão portuguesa, na sua imensa bestialidade, foi incapaz de apresentar, para além de fazer a sua costumeira baralhada de episódios, já para não falar da repetição de um episódio ao calhas até à exaustão.

Deve ser algo que eles arranjam para enganar as pessoas:"Temos aqui 20 episódios, mas só temos dinheiro para 15....hmm, que fazer...? Ah já sei! Vamos baralhar o 13 com o 15 e repetir o 14 até isto fazer 20! Assim ninguém repara que faltam episódios! Genial!"

Isto clara e obviamente que não cai bem a quem gosta efectivamente da série, que tem de recorrer à clandestinidade para conseguir ver alguma coisa que faça sentido. Mas considerando que há quem não goste ler e prefere ler os livros do Patinhas, eu já não digo mais nada. Nem fico espantado quando a larga maioria das pessoas não percebe nem metade das referências históricas do que quer que seja, a não ser que tenha a ver com o futebol. Mas pronto, quem levem lá a bicicleta e se ponham a trabalhar, que se não servem para mais nada, sirvam para isso.

Estamos também em período festivo. Ena que bom...estou tão contente. E sei expressá-lo de forma tão eloquente....(grande bocejo de tédio)...era tão bom poder raptar putos do Restelo, amarrá-los a cadeiras e rapar aqueles cabelos que parece que foram lambidos por um cão, devolvendo-os depois à sociedade.

Era tão divertido!

Isso é que era uma prenda! Isso e enquanto se rapava o cabelo, obrigá-los a manter os olhos abertos enquanto se dá uma explicação detalhada sobre "Como utilizar correctamente a cintura das calças de acordo com a própria cintura, uma vez que ninguém está minimamente interessado em saber a cor da tua roupa interior, para além de que se se chama roupa interior é por algum motivo". E sim, vocês já viram isto nalgum sítio. Não, não vos vou dar dica nenhuma, porque não.

Aí sim! Verdadeiro espírito se mostraria nesta quadra!


Fiquem com esta ideia.

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As férias de Natal e Ano Novo acabaram.

Toda uma panóplia de doces e comidas que nos fazem engordar olhos e barriga se passeou diante dos nossos olhos, algumas que gostamos mais, outras que gostamos menos, mas não podemos negar que existem e em abundância.

Abundância. O tópico da minha dissertação/diatribe desta vez. E à luz da abundância, notei há já largos anos que os menos favorecidos do sistema, mesmo esses, conseguem obter abundância nesta época. E é nesse momento que eu me pergunto: onde raio é que esta gente arranja tanto dinheiro, sendo tão "desfavorecidos"?

Poupam? Duvido.
Pedem crédito? Quase de certeza. Mas o que mais me preocupa não é o pedirem crédito. É darem-no. Pois se são gente com incertas fontes de rendimento, mesmo dando uma ( e só uma) oportunidade, tal como ocorre em bancos como o Grameen, como é que lhes dão segunda, terceira, etc, oportunidades?

Fora os que recebem sem trabalhar.
Pensem nisto, da próxima vez que comprarem uma pecinha de roupa/ DVD nos ciganos.

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É verdade. Vou entrar em hibernação natalícia, uma vez que não acontece nada de tremendamente incrível no sítio onde trabalho ( faz-se contabilidade, não estejam à espera de engolidores profissionais de fogo....), e eu não tenho paciência para falar mal do Natal, porque ele não merece.

Quem merece são as pessoas.

Sim, vocês. Pessoas. Como eu vos detesto...

É muito simples:
São capazes de reivindicar todos os direitos e mais algum, para terem liberdade de dizer a primeira coisa que vos vem à cabeça (e só Deus sabe o horror que isso é....ser omnisciente e ouvir certas coisas deve doer, principalmente daqueles que SUPOSTAMENTE foram criados à semelhança...), e a primeira coisa que dizem é: "Epá, isto de pensar é cansativo! O que é que está a dar na televisão? Aquela opinião parece GIRA....Quero uma daquelas..!"

Vivem à mercê dos filhos, aos quais é anti-pedagógico chegar a roupa ao pêlo quando se portam mal, "porque pode traumatizar a criança...", compram-lhes as maiores inutilidades porque foram apresentadas na TV com neons e imagens "estranhamente rápidas", que custam uma FORTUNA, e acham que o Natal é giro.
Façam o seguinte exercício: No próximo Natal, não ofereçam nada a ninguém, e falem do espírito do Natal, que não precisa de prendas para nada. Depois ouçam o que os outros dizem. Principalmente os filhos.

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