quarta-feira, julho 05, 2006

Bom, hoje tenho tempo livre e não tenho nada para acrescentar ao blog excepto isto.
E é nesse momento que quase oiço as vossas cabecinhas a pensar: "Mas porque é que esta criatura está a escrever um post sobre coisa nenhuma? Não lhe valia mais ficar calado e fazer outra coisa?"

Em resposta a esse sentimento, fica isto:

1- Este é o meu blog. Há muitos como este, mas este é meu. Críticas destrutivas serão remetidas às regras do primeiro post;

2- Começar aleatoriamente por falar de coisa nenhuma leva invariavelmente a que se fale de alguma coisa de forma natural, mesmo que não seja nada de especial. Se forem criaturas inteligentes, compreenderão este ponto. Se não, esforçarem-se por compreender o que lêem seria um bom começo (Ler mais = bom.);

3- Há bastante honestidade em admitir-se que não se tem nada para dizer, em vez de se repetir bovinamente o que se viu na Televisão no dia anterior. O mais provável será que a pessoa com quem estejamos a falar também o tenha visto. Mas admito: não custa tentar.

4- Se em vez de admitir que não tenho nada de útil a dizer, me pusesse aqui a dizer mal do Governo, que são uns incompetentes, que isto e que aquilo, estaria a repetir aquilo que já blogs mais lidos fazem, com mais pormenores e maior capacidade de adormecer qualquer um. Pessoas com insónias, atentem a isto. Se tentasse explicar a razão endémica (não saber = ver dicionário) pela qual os portugueses sofrem do Síndrome do Coitadinho (apologia à auto-flagelação, resignação à mediocridade e defesa dos aparentemente mais fracos de vária espécie), entraria no reino da fantasia, simplesmente porque os portugueses gostam de ser assim e os favorece (ou pelo menos é aquilo em que acreditam).

5- Sou uma pessoa creditadamente chata (verificação empírica, não documentada). Daí que me permita estas liberdades de escrever sobre coisa nenhuma. Incessantemente.

6- Ajuda a lembrar-nos de alguma coisa sobre o que escrever. Neste caso, lembrei-me de um pormenor recorrente na escrita do Português: o facto das pessoas não saberem escrever palavras tais como convenhamos, ou saibamos, ou levantasse, ou caminhasse, ou ligasse. Não senhor!! Escrevem desta maneira:
convenha-mos
saiba-mos
levanta-se (Existe, mas o tempo verbal é diferente. Não saber = ver dicionário/gramática portuguesa)
caminha-se (idem)
liga-se (ibidem. Não saber = dicionário)

Está bem que na primária ou no 5º ano eram distraídos demais, ou não tinham quem vos apoiasse (não apoia-se) nos deveres da escola.

Coitadinhos...vão saltar da ponte.

Seria de esperar que quando crescessem, tivessem alguma presença de espírito.
Mas não! O erro persiste! Pasmem-se, em documentos oficiais!
A desculpa "Percebeste a ideia, não percebeste?" não cola. Nunca. Se assim fosse, ninguém conseguia ler nada. Bom, pelo facto de que cada um teria uma interpretação diferente do que estava escrito.

Bom, já escrevi qualquer coisa, já estou mais contente.

Como de costume, caso sintam que devem comentar, não se esqueçam de verificar as Regras do Primeiro Post.

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