sábado, outubro 25, 2008

Dissertações sobre literatura e leitura.

É um facto: consegui finalmente acabar de ler Nexus, o último de uma série de três obras do autor Henry Miller. É motivo de celebração, considerando que demorei cerca de 2 anos a conseguir ler o livro até ao fim.

E porque razão demoro eu tanto tempo a ler um livro? Bastante simples: de há uns tempos para cá tenho reparado que apenas sou capaz de ler seguidamente não mais do que três páginas (média A4) do que quer que seja. Passou a ser agora a minha nova condição de leitor, tal com está demonstrado neste artigo (sim, está em inglês, porque os portugueses não se preocupam com estas coisas).

Foi uma condição que reparei antes de ler o dito artigo, mas que se provou verdade e está cada vez mais a transformar a forma como pensamos e como organizamos mentalmente a informação. Dou por mim a fechar os olhos de tédio após o limite designado de páginas, encontrando aí um problema:

Quando deparado com uma quantidade considerável de informação para assimilar numa janela de tempo relativamente curta, como fazer? Não estou a falar do "método esponja", tão largamente utilizado pelos preguiçosos mentais, mas sim duma necessidade de assimilação de conceitos de tal ordem que exija uma concentração efectiva durante um período superior a 15 minutos, resistente a interrupções e torpor físico (convenhamos que ficar uma hora na mesma posição tem os seus efeitos, mesmo que seja uma posição confortável). No meu caso, vi-me obrigado a aplicar uma disciplina mental, repetindo que tenho de ler o documento até ao fim, resistindo o mais que posso aos desvios ou tentativas de fecho dos olhos, com um relativo sucesso: consegui estender o tempo até aos 60 minutos, o que já permite uma assimilação razoável.


Fica a informação. Caso achem que padecem de semelhante condição, digam qualquer coisinha.


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Fiquem bem,
Agapytho

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