quinta-feira, setembro 14, 2006

Detesto pessoas. No geral.

No particular, têm nome, idade, uma vida. Mas no geral, são uma massa indistinta de criaturas vivas, cujo respeito por o que os rodeia roça o selvagem.

Fazem barulho, abusam das regras, não se respeitam , não respeitam quem está à sua volta (Que é o pior, uma vez que não me pagam para aturar idiotices. Idiotas são a escumalha da Terra, ao lado dos fanáticos pelo futebol. Mas isso fica para outro post.). E há uma tendência a piorar. E porquê?

Porque pessoas(1) agem de forma concertada (qual ratinhos de Hamelin), têm dinheiro e outras pessoas(2) estão empenhadas em obtê-lo. Assim, as pessoas(2) fazem tudo o que as pessoas(1) querem, desde que paguem para isso:

Televisão "simples", produtos "simples e miraculosos", etc. Inutilidades.

Todas esta epifania estava latente em mim, até ao momento em que me vi obrigado a aturar um programa da hora de almoço (que é igual ao programa da manhã, só que é transmitido à hora de almoço. Esta é realmente a ÚNICA diferença...) numa sala de espera.
Não há ser vivo com coisas para fazer que consiga aturar aquilo. Tudo bem que é "para velhinhos", mas que raio!! Os portugueses ficam estúpidos com a idade? Ficam preguiçosos?
"Já tenho 70 anos! Está na hora de deixar de pensar!"
Não me interessa quem goste de ver aquilo. É enlatado. Nem o molde é nacional. Favorece a baba no canto da boca.
Já era tempo de se começar a reeducar as pessoas. Taxar gente que não leia pelo menos um livro de uma biblioteca por mês era óptimo. Os filhos andam na escola. Os pais não andaram? Os filhos emprestam os livros aos pais para ler antes de ir deitar!
"Ah, mas isso são coisas de crianças!Os livros não têm bonecos!Além disso, os jornais desportivos também são literatura!"
Dêem graças a Deus que o homicídio é crime...


Como todos os outros, este post está sujeito às Regras do Primeiro Post.

1 comentário:

Tiago Costa disse...

Tenho apenas uma coisa a dizer em relação ao "envelhecer". No meu grupo de amigos temos um membro um pouco convêncional aos olhos da sociedade dos nossos dias. É um jovem de cerca de 65 anos que nos segue para onde vamos, sejam bares, karaokes e afins. É um dos membros mais activos do grupo, sempre na brincadeira e tem sempre uma boas história para contar ou um bom tema para debater e um dia disse-me (passo a citar, salvo alguns pormenores que me escapam da memória): "Sabes, nestes últimos dois anos que tenho andado convosco cada vez me tenho apercebido mais que as supostas limitações que ganhamos ao envelhecer são apenas isso mesmo, supostas, são limitações que nos vão sendo impostas pela sociedade, não pelo nosso sistema, eu sinto-me mais jovem do que à 20 anos atrás e não me venham cá com tretas, a idade não limita as nossas capacidades como somos levados a acreditar enquanto vamos envelhecendo (tirando algumas dores, mas isso é natural devido ao desgaste :))".

Tudo isto para dizer, que o facto de se ter 60 ou 70 anos não é desculpa para deixar de pensar, ou de aprender ou mesmo para deixar de viver a vida.

Não deixem que a sociedade imponha e limite aquilo que são ou não capazes de fazer ou dizer. Acreditem em vós e vivam a vida, porque ela é curta.