domingo, abril 08, 2007

.: Crítica Cinematográfica :.

Ora então vamos lá falar muito a sério:

Quantas de vós, criaturas, leram a Banda Desenhada do Frank Miller ?
E quantas de vós, criaturas, leram sobre a Batalha de Termópila?

Pois, foi o que eu pensei...

Eu até dou alguma liberdade artística aos argumentistas do filme, uma vez que é uma adaptação de uma adaptação livre de um facto histórico (sobre o qual espero que já se tenham fartado das analogias comico-sexuais relativamente ao nome da terriola).
Eu até compreendo que uma BD seja bastante livre de adaptar factos históricos, ou apenas inspirar-se neles para criar algo com os mesmos nomes e situações semelhantes, de maneira a gerar algo que nada tem a ver com o facto histórico. Mesmo assim, o filme é difícil de engolir.

Depois desta diatribe, no entanto, vou evidenciar alguns pontos “positivos” do filme. Preparem-se:

1- A fotografia e os planos “slow motion”. Dão alguma densidade ao filme e um senso plástico tão semelhante à BD;

2- Há a queca-master. A Raínha, mulher sensual q.b. com atributos mais atléticos que sexuais, como deve ser, prende a atenção de qualquer macho humano heterosexual, enquanto o seu befe é regiamente escanchado ("O Meu Pipi" Trademark) aos flashes, em várias posições (mulher versátil, gosto disso) pelo protagonista, tal como está nos livros. O sexo é o mesmo há milhares de anos. Não houve grande inovação nesse campo. Ninguém voa, ninguém respira debaixo de água, entre outras analogias;

3- Há mulheres com seios à mostra. Isto pode parecer estranho, mas os americanos têm um trauma cinematográfico relativamente a seios: se há no filme, eles vão ver. Logo, o filme é um “blockbuster”, logo suscita a curiosidade do resto do Mundo;

4- Há sangue. Muito sangue. Derivado dos milhares de mortos que passaram a esse estado por serem simplesmente os maus da fita. Onde é que eu já vi isto...?

5- O vilão é maricas. Só pode. Desce do trono como um mariconço, faz pose de mariconço e agarra-se ao protagonista de forma amaricada. Inspirou-me medo, principalmente porque tinha demasiados piercings, era careca, quando o verdadeiro rei Xerxes era cabeludo e barbudo que bastasse. Aliás, todos os persas tinham bigode. Era uma coisa cultural;

6- Há guitarradas porreiras, aliadas ao formato “épico”, que consiste em ter pelo menos um campo de trigo, uma mulher no meio à espera da chegada do protagonista, ou a vê-lo partir, um puto ranhoso a correr e uma música com cornetas mediterrânicas.

Estes chegam. Se quiserem mais pormenores, vão ver o filme. Vale a pena.

Eu tenho particular prazer em dizer o que estou a dizer. Porque anda toda a gente fascinada com o filme, como se um bando de homens musculados de tanga de cabedal subitamente vos fizesse sentir sexualmente excitados (Sim, excitadOs. O excitadAs tenho-o como um dado adquirido), com muitos músculos e cicatrizes, matando de forma fria e prazeirosa. “Ah, que homens! Aquilo é que era vida!! Quem me dera...”

Mariconços. Se querem um tipo de vida daqueles, comecem por desenvolver vontade própria. Pratiquem, tomando decisões sobre a vossa vida, e depois aguentem-se à bronca!!!

Nada de “ai a minha vida , o que é que eu faço agora... como é que eu digo coisas desagradáveis às pessoas e faço com que elas continuem a gostar de mim....?” Idiotas.

Espero pelas vossas queixas e opiniões, submetendo-as naturalmente às Regras do Primeiro Post.

Posted by Picasa

1 comentário:

João Cunha disse...

Erro crasso: "à muitos anos" ?!!

Só não te chamo pelo nome, porque a haste pública deve continuar na sua ignorância!

Devias ser empalado na estátua do Marquês... sinceramente!